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240Capítulo 01:
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Campo
São Raimundo Nonato - PI:
Sérgio era casado com Catarina e tinha duas filhas com ela, Alice e Bruninha. Ele vivia com sua família em um campo deserto bem distante da cidade. Nesse campo só havia uma vizinha, a bondosa Cassandra. O campo era bem assombrado.

Certo dia, Catarina começou a passar mal, então Sérgio teria que levá-la ao hopital, mas nenhuma das meninas podia ficar sozinha naquele campo assombrado:


Sérgio:
- Eu tenho que ir levar a mãe de vocês ao hospital. Uma de vocês tem que ir comigo.
Alice:
- Eu não vou ficar aqui sozinha.
Bruninha:
- Nem eu. Eu sou pequenininha.
Alice:
- Você já tem 8 anos, pode muito bem ficar aqui sozinha.
Bruninha:
- E você que já tem 14.
Sérgio:
- Chega!!! Eu falei com a Cassandra, ela vai nos ajudar.
Cassandra:
- Mas eu só posso ficar aqui até às 16horas.
Sérgio:
- Alice, você é a mais velha e vai ficar aqui com a Cassandra. Eu vou levar a Bruninha comigo.
Cassandra:
- Ok. Não passe das 16horas.
Alice:
- Você sempre faz os gostinhos da sua 'casulinha'.
(Sérgio não dá ouvidos e entra no carro com Bruninha e Catarina).
(Cassandra abraça e o consola Alice).

Gran sala espera ambulatorio 1
Hospital / Sala de espera / 11:45 hrs.:
Bruninha está sentada em um banquinho. Sérgio está andando pra lá e pra cá.
BRUNINHA:
- Papai, eu tô com fome.
SÉRGIO:
- Calma aí! Quando eu tiver notícias da Catarina, eu vou comprar pão e leite.
BRUNINHA:
- Tá.
(Lúcia vai passando pelo corredor)
SÉRGIO:
- Enfermeira ! Enfermeira!
LÚCIA:
- Oi, senhor! Posso ajudá-lo?
SÉRGIO:
- Sim. Eu gostaria de saber notícias da minha esposa.
LÚCIA:
- Qual é o nome da paciente?
SÉRGIO:
- Catarina Piris.
(Lúcia olha nos papéis)
LÚCIA:
- Ela já foi atendida.
SÉRGIO:
- O que ela tem? É grave? Onde ela está?
LÚCIA:
- Só posso adiantar que o estado dela é estável. Depois dos exames o estado dela pode melhorar para melhor... ou pior. Com-licença!
(A enfermeira sai. Sérgio vai com Bruninha para a catina).
Mae-conversando-com-a-filha

CAMPO / 13:45 hrs.:
ALICE:
- Já são quase duas horas da tarde e nenhuma notícia.
CASSANDRA:
- Calma! Ele vai chegar daqui a pouco. Continue sentada.
ALICE:
- Você já disse isso mais de mil vezes.
CASSANDRA:
- Quer um copo de água com açúcar?
ALICE:
- Ah, me poupe, Cassandra.


Foto-mulher-internada-com-enfermeira-internacao

HOSPITAL / QUARTO 03 / 17:15 hrs.:
CATARINA:
- Sérgio, é melhor você ir logo. A Alice está sozinha.
SÉRGIO:
- Meu amor, eu não sei se posso te deixar aqui sozinha.
CATARINA:
- Claro que pode! A essa hora, a Cassandra já foi embora e a Alice está sozinha naquele lugar horrível.
SÉRGIO:
- Lúcia, eu já posso ir?
LÚCIA:
- Agora ela vai tomar um remédio para dormir. Você não pode ir embora.
SÉRGIO:
- Mas a minha outra filha está sozinha.
LÚCIA:
- Senhor, fale com o médico, verá que ela não pode ficar sozinha.
SÉRGIO:
- Então faz assim: Você fica com ela até eu voltar.
LÚCIA:
- Não sei não...
SÉRGIO:
- Eu só vou levar a Bruninha. Por favor, me ajude!
LÚCIA:
- OK!!! Mas não demore.


( Catarina queria se despedir de Bruninha, pois sentiu algo muito forte. Ela sentia um grande amor por sua família e teria que aproveitar o pouco tempo que lhe restava, pois uma doença desconhecida consumia sua vida física).
Catarina abraça Bruninha intensamente, como se fosse pela última vez.

Já eram seis horas da tarde. Como o hospital era longe, eles tinham que cruzar uma longa estrada escura:


Estrada
De repente, começou a chover bem forte, era uma forte tempestade. O som da chuva batendo no teto do carro, fazia uma barulhinho relaxante e Bruninha começou a cochilar.

A estrada era péssima e ficava difícil de dirigir.
De repente deu um grande trovão; O relâmpago iluminou a noite.


Tempestade
Sérgio segurou firme no volante e acelerou o carro. Sem querer ele fez com que o carro batesse em uma árvore.
Após verificar se Bruninha não estava machucada, Sérgio decidiu sair do carro para ver os estragos que o carro havia sofrido. Todos os pneus estavam furados e a frente do carro toda amassada.
SÉRGIO:
- Filha? Filha?
BRUNINHA(Debruçada na janela):
- Oi papai! O que aconteceu?
SÉRGIO:
- Uma batida. Eu estava com pressa para chegar e tive que acelerar o carro.
BRUNINHA:
- Aqui é muito escuro. Você sabe concertar?
SÉRGIO:
- Não.
BRUNINHA(Com cara de assustada):
- E agora?
SÉRGIO:
- Eu tenho que ir pedir ajuda.
BRUNINHA( Já nervosa):
- Onde? Como?
SÉRGIO(Preocupado):
- Vou na cidade. Não tenho outra opção. Você pode esperar dentro do carro até eu voltar.
BRUNINHA(Quase chorando):
- Papai, eu tenho muito medo! Por favor, não vá!
SÉRGIO:
- Eu vou deixar o carro todo trancado e vou levar as chaves. Não saia do carro!
BRUNINHA:
- Tudo bem. Mas não demore muito tempo.

(Sérgio percebeu o medo nos olhos de Bruninha e afirmou que iria o mais rápido possível)

(Bruninha olhou pelo vidro de trás até ver Sérgio desaparecer, andando pela estrada no meio da noite)

Havia passado mais de uma hora e Sérgio ainda não tinha voltado, e a chuva só ficava mais forte.
Bruninha começou a ficar preocupada, qual seria o motivo de tanta demora? Será que Sérgio não havia encontrado nenhuma ajuda?
O medo de ficar dentro de um carro naquela estrada escura aumentava cada vez mais, até que ela viu um vulto ao longe, vindo pela estrada.


Inicialmente ela ficou alegre, pois pensou que fosse seu pai, porém a alegria inicial foi virando medo quando ela pode perceber que era um homem estranho que vinha andando pela estrada. Agora, mais perto e iluminado pelo relâmpago podia ver que se tratava de um lobisomem alto, vestindo macacão e com uma barba enorme.
Lobisomem

Bruninha notou que a criatura carregava algo grande em sua mão. Ela ficou nervosa e rapidamente confiriu se todas as portas do carro estavam realmente trancadas.
(Todas estavam trancadas)
Após conferir as portas, ela se sentiu mais segura e olhou para fora:
A criatura havia parado e olhava fixamente para ela a distância de alguns metros.
De repente ele levantou o braço e dentro do carro Bruninha soltou um grito horripilante. Seu corpo todo tremia, as lágrimas invadiram seus olhos e apavorada viu que na mão esquerda o lobisomem segurava a CABEÇA DECEPADA do seu pai.


Seu coração batia aceleradamente e ela gritava sem parar. A expressão grotesca de seu pai era horrível. A boca estava toda cortada com a língua de fora e olhos estavam todos brancos.


A criatura ficou sorrindo para ela, então lentamente ele colocou a mão no bolso e tirou algo e agitou para que ela visse:


Chaves-lobo e1
NA MÃO DO LOBISOMEM ESTAVA A CHAVE DO CARRO DE SÉRGIO...

CONTINUA...

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