Alice havia passado o dia inteiro naquele lugar deserto, desanimado, sem ninguém para conversar. Quando derepente Estrella chega:

ALICE:
- Migaa! Você chegou na melhor hora!

ESTRELLA:
- O ônibus quebrou na estrada.

ALICE:
- Eu passei o dia inteiro sozinha. Aqui é muito ruim!

ESTRELLA:
- Você já jantou?

ALICE:
- Não, tô morrendo de fome. Mas ali tem pipoca doce, suco e batata frita.

ESTRELLA:
- Não precisa tudo isso.

Então Alice prepara a mesa com as comidas, as bebidas e os livros. Ela parecia estar muito faminta.

ESTRELLA:
- Chegaaa! Já são 7 horas da noite e você continua comendo.


ALICE:
- Calma, amiga.

ESTRELLA:
- Eu só vim perder meu tempo. Você sabia que a gula é um pecado?

ALICE:
- Não é gula. É fome.

ESTRELLA:
- Desse jeito não dá pra eu aprender nada. A minha prova de física será em breve.

(Alguém bate na porta)

ALICE:
- Quem é você?
LUIZ FELIPE:
- Oi! Aqui é o encanador. É só para avisar que eu e minha equipe vamos fazer alguns ajustes na encanação.
ALICE:
- Tudo bem!
LUIZ FELIPE:
- Fecha a porta, pois tem um bêbado lá fora, ele está subindo em cima das casa, é um tal de Xavier.
ALICE:
- Mas nesta rua não há casa.
LUIZ FELIPE:
- Não tem casa grudadas, mas têm casa afastadas.
PAULO:
- Felipe, vamos logo, pois dizem que nesta rua tem um homem que vira lobisomen.
LUIZ FELIPE:
- Boa noite, moça. Cuidado!

( Alice fecha a porta )

ESTRELLA:
- Afê! Quem são esses loucos?
ALICE:
- O encanador e o ajudante.
ESTRELLA:
- Falaram que aqui tem criaturas noturnas, tem bêbados etc...
ALICE:
- E logo ali é a caverna da Madame Zora. Lá tem todo tipo de espírito.

FUNDOS DA CASA:
Os encanadores estão fazendo seus serviços. De repente Xavier aparece.
XAVIER:
- Eu vou entrar nesse banheiro.
LUIZ FELIPE:
- Vai embora daqui. Você está bêbado!
XAVIER:
- Estou louco ... E sou capaz de tudo.
PAULO:
- Luiz, vamos pedir ajuda à madame.
LUIZ FELIPE:
- Para quê?
PAULO:
- Nós não podemos descer do telhado do banheiro e esse bêbado pode nos fazer mal.

De repente o lobo ataca, a madame aparece e tudo vira uma confusão. Tudo isso ocorria no telhada da casa de Valéria, onde estavam Alice e Estrella.
Por incrível que pareça, elas não ouviam nada, mas lá fora estava acontecendo uma guerra: o lobo, a bruxa, os encanadores e o bêbado.
Luiz Felipe tentava se defender daquela criatura horrenda.

DENTRO DE CASA / SALA:
ALICE:
- Miga, eu estou morrendo de fome. Vou fazer um lanche para nós.
ESTRELLA:
- Eu não quero! Não estou com fome de leão.
ALICE:
- Oh miguxa, deixa eu ir fazer meu lanche, pois estou com uma fome fora de controle.
ESTRELLA:
- Você já está me assustando. Vai logo fazer esse lanche. Por favor aumente mais o volume do rádio.

(Alice aumenta o volume. Isso impedia que ela ouvissem o barulho da confusão)

Na cozinha, Alice tem um ataque e começa a comer tudo o que tem na geladeira. As horas passavam e Alice continuava comendo.

NA SALA:
ALICE:
- Estrella? Estrella? Cadê você? Pare com essa 'gracinha'.

(Estrella não estava mais na sala. Na mesa só havia uma folha com uma mensagem escrita)
ALICE LER A MENSAGEM:

" EU VOU TOMAR BANHO. ME AGUARDE! ESTOU NO BANHEIRO."

O tempo passa e Estrella não sai do banheiro. Alice vai até lá e percebe que a porta está trancada, sendo assim, ela pensou que sua amiga não estava lá. Ela procurou por toda a casa, mas não a encontrou.
Então ela resolve quebrar a porta do banheiro; Depois de muitos chutes a porta se abre:

O telhado estava descoberto... Havia uma goteira de sangue... Um corpo estrangulado, que sangrava muito. Alice se arrepiou toda, pois pela cabeça pôde perceber que esse corpo era o de Estrella. Ela deu três gritos horripilantes e voltou para a sala.

Aquilo era difícil de se acreditar, parecia algo impossível, ou melhor, um pesadelo ... Porém um pesadelo sem fim.
Em seus pensamentos, ela via os pedaços do corpo de sua grande amiga.
Na sala, ela pega a folha e decide ler a mensagem novamente para tirar certas conclusões. Sem querer, ela vira o verso da folha e percebe que lá estava escrita outra mensagem, mas desta vez estava escrita com sangue... Então ela lê a segunda mensagem.
No verso estava escrito: