...Alice entra em estado de choque.
ALICE (Pensando):
" Meu Deus, o que vou fazer? O que é
aquilo? "
Era difícil aceitar a morte de uma pessoa
tão querida, que há minutos atrás estava
viva e contente com ela.
Não restava mais nada, apenas pedaços de
carne, ossos e muito sangue. Quem teria
feito aquilo? Por que Alice estava com
aquela fome fora do normal?
Então ela resolve sair lá fora, para pedir
ajudar aos encanadores, mas ele percebe
que não há ninguém lá fora.
De repente o carro da polícia chega.
SARGENTO DANIEL:
- Boa noite!
ALICE:
- Boa! Quem são vocês? O que querem
aqui? Eu não fiz nada.
SARGENTO DANIEL:
- Calma! Você está muito nervosa. Isso
me faz pensar que aconteceu alguma
coisa aqui.
ALICE (Nervosa):
- Não, aqui não aconteceu ceu ce ceu...
Nadaaa...
SARGENTO DANIEL:
- Recebemos uma denúncia.
ALICE:
- Como assim?
SARGENTO DANIEL:
- Ligaram na delegacia dizendo que ouve
uma enorme confusão neste local. Como
aqui só tem a sua casa...
DELEGACIA:
SARGENTO DANIEL:
- Bem, tudo já foi analisado. Realmente
houve um crime naquela casa.
ALICE:
- Por que o senhor não acredita em mim?
SARGENTO DANIEL:
- Garota, ninguém vai acreditar que um
demônio matou aquela jovem.
ALICE:
- Você está pensando que foi eu?
SARGENTO DANIEL:
- 99%.
ALICE:
- E os 1%?
SARGENTO DANIEL:
- Temos outros suspeitos.
ALICE (Chorando):
- A Estrella era minha melhor amiga, eu
a amava...
SARGENTO DANIEL (Gritando):
- Então por que matou???
ALICE:
- EU NÃO MATEI!
SARGENTO DANIEL:
- Você está liberada por enquanto.
Procure um defensor, para te ajudar.
ALICE:
- Defensor? O que é isso?
SARGENTO DANIEL:
- É quase a mesma coisa de advogado.
São Rogério é uma cidade diferente de
todas: não tem advogados, não tem
tribunal, não tem delegado.
ALICE:
- O que vai acontecer comigo?
SARGENTO DANIEL:
- Será feita uma reunião com todas as
testemunhas, suspeitos, defensores,
funcionários da justiça. Se for a culpada,
será presa.
CONTINUA...