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...Alice entra em estado de choque.
ALICE (Pensando):
" Meu Deus, o que vou fazer? O que é
aquilo? "
Era difícil aceitar a morte de uma pessoa
tão querida, que há minutos atrás estava
viva e contente com ela.
Não restava mais nada, apenas pedaços de
carne, ossos e muito sangue. Quem teria
feito aquilo? Por que Alice estava com
aquela fome fora do normal?
Então ela resolve sair lá fora, para pedir
ajudar aos encanadores, mas ele percebe
que não há ninguém lá fora.
De repente o carro da polícia chega.
SARGENTO DANIEL:
- Boa noite!
ALICE:
- Boa! Quem são vocês? O que querem
aqui? Eu não fiz nada.
SARGENTO DANIEL:
- Calma! Você está muito nervosa. Isso
me faz pensar que aconteceu alguma
coisa aqui.
ALICE (Nervosa):
- Não, aqui não aconteceu ceu ce ceu...
Nadaaa...
SARGENTO DANIEL:
- Recebemos uma denúncia.
ALICE:
- Como assim?
SARGENTO DANIEL:
- Ligaram na delegacia dizendo que ouve
uma enorme confusão neste local. Como
aqui só tem a sua casa...


ALICE:
- Quem fez essa denúncia?
SARGENTO DANIEL:
- Foi anônima. Posso revistar a sua casa?
ALICE:
- Eu sou menor de idade e estou sozinha,
então você não poderá fazer nada.
JOÃO CARLOS:
- Nada haver, garota. Aqui em São
Rogério a idade não vale nada. O que vale
são as provas.
ALICE:
- Entrem...
Então Daniel e João entram na casa velha
e revistam tudo. Alice tremia de medo,
pois sabia que eles iriam encontrar os
restos mortais de Estrella.
Daniel abre a porta e vê os pedaços do
corpo de Estrella.
SARGENTO DANIEL:
- Como você explica isso?
ALICE:
- É uma longa história..
Para o sargento aquilo não era
assustador, pois ele já estava acostumado
a mexer com aquele tipo de coisa.
SARGENTO DANIEL:
- Você vai explicar tudo na justiça.
JOÃO CARLOS:
- Essa garota é uma criminosa!
(Alice conta a história)
SARGENTO DANIEL:
- Hahahaha... Tá pensando que sou
algum idiota?
JOÃO CARLOS:
- Vamos isolar esta casa e voltar para a
delegacia.

SARGENTO DANIEL:
- Garota, durma em algum hotel.
JOÃO CARLOS:
- Tudo será analisado. Amanhã, às 7 da
manhã, queremos sua você lá na
delegacia.
Não podemos te prender hoje, porque não
temos um resultado 100%.
Boa noite!
Eles isolam a casa (para ser realizado
alguns estudos) e voltam para a delegacia.
Alice fica sozinha no campo escuro.
As lágrimas caem...
A coitadinha dorme em cima de uma
árvore. A preocupação era tão grande,
que fez com que o medo sumisse.
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Favela da Quitanda / Manhã:
Xavier chega em casa.
BETINA:
- Agora você está morto, seu azarento.
ANDRESSA:
- Calma, mamãe! Talvez você esteja
pensando errado.
XAVIER:
- O que foi?
BETINA:
- Alguém morreu no local que você
estava ontem à noite. O fuxico já está
correndo por toda a favela!
XAVIER:
- Meu amor, eu te prometo que vou parar
de beber.
BETINA:
- Rídiculo! Quantas vezes você já disse
isso.
XAVIER:
- Agora é sério...
Tô indo dormir... Beijos!

DELEGACIA:
SARGENTO DANIEL:
- Bem, tudo já foi analisado. Realmente
houve um crime naquela casa.
ALICE:
- Por que o senhor não acredita em mim?
SARGENTO DANIEL:
- Garota, ninguém vai acreditar que um
demônio matou aquela jovem.
ALICE:
- Você está pensando que foi eu?
SARGENTO DANIEL:
- 99%.
ALICE:
- E os 1%?
SARGENTO DANIEL:
- Temos outros suspeitos.
ALICE (Chorando):
- A Estrella era minha melhor amiga, eu
a amava...
SARGENTO DANIEL (Gritando):
- Então por que matou???
ALICE:
- EU NÃO MATEI!
SARGENTO DANIEL:
- Você está liberada por enquanto.
Procure um defensor, para te ajudar.
ALICE:
- Defensor? O que é isso?
SARGENTO DANIEL:
- É quase a mesma coisa de advogado.
São Rogério é uma cidade diferente de
todas: não tem advogados, não tem
tribunal, não tem delegado.
ALICE:
- O que vai acontecer comigo?
SARGENTO DANIEL:
- Será feita uma reunião com todas as
testemunhas, suspeitos, defensores,
funcionários da justiça. Se for a culpada,
será presa.


CONTINUA...


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