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IRMÃ LILICA:
- Você.
ALICE:
- Sim, pois eles não acreditam na
mensagem que estava escrita na folha.
IRMÃ LILICA:
- Existe outros suspeitos?
ALICE:
- Lá tinha outras pessoas.
IRMÃ LILICA:
- Temos que contratar um defensor
para te defender no dia da reunião.
ALICE:
- Deve ser muito caro.
IRMÃ LILICA:
- Tem um amigo meu que faz fiado.
ALICE:
- Mas onde vou achar dinheiro para
pagar?
IRMÃ LILICA:
- Você trabalha e pede doação.
ALICE:
- E se eu for presa?
IRMÃ LILICA:
- A situação está tão grave assim.
ALICE:
- Sim.
IRMÃ LILICA:
- Mesmo assim eu vou contratá-lo.
Cena 02 / Casa de saúde / Manhã:
CRISTAL (Toda exibida):
- Eu quero falar com o Bello.
MARI LÚCIA:
- O Bello está ocupado.
CRISTAL:
- Oh garota, você sabem com quem você
está falando?
MARI LÚCIA:
- Com uma pessoa qualquer que quer
falar com o Bello.
CRISTAL:
- Idiota! Eu sou a filha do empresário
Walter Paz. Exijo respeito! Rápido eu
quero falar agora mesmo com o Bello. MARI LÚCIA:
- Aqui todas as pessoas têm
atendimento igual, não importa se é rica
ou pobre, negra ou branca. Ok?
CRISTAL:
- Eu vou entrar!
MARI LÚCIA:
- Você se acha, né? O que adianta ter
dinheiro e não ter eduação. Com Licença.
CRISTAL (Indo embora):
- Ridícula !
ALISSON:
- Oi !
CRISTAL:
- Oi, garotinho! Quem é você?
ALISSON:
- Sou aluno/paciente aqui na casa de
saúde. Você quer falar com o Bello, né?
CRISTAL:
- Sim.
ALISSON:
- Quer uma dica? - Venha à tarde, ele
sempre está disponível nesse horário.
CRISTAL:
- ÔÔH que fofinho você! Obrigada! Vou
trazer um presente pra você hoje à
tarde.
ALISSON:
- HAHAHA!!
CENA 03 / ENFRENTE AO CASARÃO
WALTER PAZ / MANHÃ:
Jurema está organizando os sacos de
lixo.
NATÁLIA:
- Bom dia!
JUREMA:
- Bom dia! Em que posso ajudá-la?
NATÁLIA:
- Tenho uma proposta pra você.
JUREMA:
- Pra mim??
NATÁLIA:
- Sim, quero que consiga peças de roupa
da esposa do Walter.
JUREMA:
- Eu vou falar com ela, espere aí! NATÁLIA:
- Tá louca, burra. Não é para pedir. É
para pegar escondido.
JUREMA:
- Dona, eu não estou entendendo.
NATÁLIA:
- Não me chame de dona; isso é pra
velha. Meu nome é Natália. Vou te pagar
bem, claro, se fizer o serviço.
JUREMA:
- Eu não posso fazer isso.
NATÁLIA:
- Empregadinha ridícula! Se não for
esperta vai morrer varrendo rua pros
outros. Eu também era empregada, mas
fui esperta.
JUREMA:
- Jamais farei isso.
NATÁLIA:
- Então vou mandar o Walter te demitir.
JUREMA:
- Não! Não! Por favor! Eu não posso
perder meu emprego.
NATÁLIA:
- Então consiga as roupas. Amanhã
venho te pagar e buscar as roupas.
Tchaw!
Cena 04 / Praça da igreja / Tarde:
LUCAS:
- Olá, Lilica ! Como vai?
IRMÃ LILICA:
- Vou bem. O problema é com essa
jovenzinha.
LUCAS:
- Prazer, Lucas.
ALICE:
- Meu nome é Alice.
IRMÃ LILICA:
- Ela entrou em uma 'fria', agora tem
algo pendente na justiça.
LUCAS:
- Hummm! Vou ajudá-la. Preciso saber
um pouco mais sobre a história. ALICE:
- Eu estava estudando com minha
amiga, enquanto eu fui na cozinha,
alguém matou ela e ainda fez uma
piadinha.
IRMÃ LILICA:
- Ela disse que lá no local tinha outras
pessoas.
LUCAS:
- Ok. Quando será a reunião?
ALICE:
- Amanhã bem cedinho.
LUCAS:
- Ok! Serei seu defensor. Continue
contando a história.
Cena 05 / DELEGACIA / ENTRADA DA
SALA DE REUNIÕES / MANHÃ :
ALICE:
- Estou muito nervosa!
IRMÃ LILICA:
- Acalme-se!! Você tem que manter o
controle.
LUCAS:
- Ela tem razão, Alice.
(Betina, Andressa e Xavier chegam na
delegacia)
BETINA:
- Bom dia!
(Todos se cumprimentam)
XAVIER:
- Eu não fiz nada, tô aqui por engano.
ALICE:
- Você era o bêbado que estava no local,
na noite do crime, né?
XAVIER:
- Eu não vou falar nada.
ANDRESSA:
- Pai, daqui a pouco, querendo ou não, o
senhor terá que falar toda a verdade.
ALICE:
- Eu não matei ela, pois era minha
melhor amiga.
Por incrível que pareça, Seu Xico, Tomás
e um outro homem chegam na
delegacia. CONTINUA... 133
