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...
LUCAS:
— Vou repetir a pergunta: Paulo, na sua
opinião, quem matou Estrella?
PAULO:
— Eu acho que foi a garota que estava
com ela.
(Alice começa a chorar)
LUCAS:
— Por quê?
PAULO:
— Defensor, está na cara que foi ela.
MURILLO:
— Excelência, a testemunha não precisa
dar certas explicações.
LUCAS:
— Vale lembrar que ele também é um
suspeito, talvez esteja tentando si
defender.
(Paulo fica palido)
FERNANDO:
— Sargento Daniel, chame o/a próximo
(a).
SARGENTO DANIEL:
— Que entre agora... Luiz Felipe!
(Luiz entra)
FERNANDO:
- Luiz Felipe, jura dizer a verdade, nada
mais que a verdade?
LUIZ FELIPE:
- Sim.
FERNANDO:
- Pode começar.
LUIZ FELIPE:
- Naquela noite eu fui falar com a Alice,
para avisar que iria fazer
alguns ajustes na encanação do
banheiro. Eu pude ver o ódio nos olhos
dela, parecia mesmo que ela iria matar
alguém. Ela foi grossa comigo,
talvez porque eu estava atrapalhando o
plano dela.
MURILLO:
- Estão vendo??? Essa garota é uma
criminosa! Todo mundo já sabe.
LUCAS:
- Nada haver, assim como ela pode ser a
culpada esse daí também pode ser.
LUIZ FELIPE:
- Eu não matei ninguém.
LUCAS:
- Para quem sabe analisar, é muito fácil
perceber que você é um dos
principais suspeitos, então não fique
jogando toda a culpa nela.
MURILLO:
- Protesto! Protesto! Esse defensor não
pode falar esse tipo de coisa.
FERNANDO:
- Protesto negado! Mais alguma coisa,
Lucas?
LUCAS:
- Seria inútil fazer mais perguntas para
uma pessoa que só quer jogar
a culpa na ré.
FERNANDO:
- Intervalo de 10 minutos. Com licença.
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CATINA:
ALICE (Chorando muito):
- Todos estão contra mim.
IRMÃ LILICA:
- Nossa, Luquinhas, você é muito
inteligênte!
LUCAS:
- Estou fervendo de ódio...
IRMÃ LILICA:
- Por quê?
LUCAS:
- Porque todos estão unidos contra ela.
Se alguém não depor a favor
estamos fritos!
ALICE:
- Faltam poucas testemunhas.
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SEU XICO:
- Você tem que colocar aquela
vagabunda na cadeia!
MURILLO:
- Está muito fácil, pois ninguém está a
favor dela.
SEU XICO:
- Já podemos comemorar!
TOMÁS:
- Agora eu tenho certeza que foi ela que
matou a Estrella.
SEU XICO:
- É. Mas ela mofará atrás das grades.
MURILLO:
- O sinal já tocou. Vamos voltar!
FERNANDO:
- Vamos continuar...
Eu gostaria que a ré falasse um pouco de
si mesma.
ALICE:
- Eu não quero falar nada.
FERNANDO:
- Tem certeza? — Fale da sua honra,
dos seus gostos, da sua opinião...
ALICE:
- Do que adianta eu falar de mim, se
quem me julga são os outros.
FERNANDO:
- Ok! Que entre a próxima testemunha.
MURILLO:
- Pra quê? Se já ganhamos.
LUCAS:
- Uma pessoa que acha que está no
auge , logo cai e aprende não cantar
vitoria antes da hora.
MURILLO:
- Conversa de fracassado.
FERNANDO:
- Senhora Madame, promete dizer a
verdade, nada mais que a verdade?
MADAME ZORA:
- Sim. Alice é uma moça de boa conduta,
garanto que ela não matou a
Estrella. A coitadinha já sofreu tanto,
perdeu a família, agora estão
querendo colocá-la na cadeia. Isso
acontece porque ela não tem amigos
verdadeiros. Seu Xico, você é muito falso!
falso! Mais falso do que
uma nota de 15 reais. Já fiz consultas
com ela, posso provar que ela é
doente, sofre de doença espiritual.
MURILLO:
- Protesto Meritíssimo! Protesto!
A testemunha é amiga da ré.
FERNANDO:
- Protesto negado! Continue...
MADAME ZORA:
- Essa garota está precisando de
tratamento espiritual e pscólogico.
MURILLO:
- Meritíssimo, está mulher é uma bruxa,
as palavras dela não valem.

CONTINUA...

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