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Cena 01 / Rodoviaria de São Rogério /
16:00 Hrs.:
EVA:
- Pegou a escova de dente? O sabonete?
Tomou o remédio?
BELLO:
- Calma mãe! Eu não sou um bebê de
colo.
EVA:
- Eu te amo meu filhote! Não quero que
nada de ruim aconteça com você, meu
bebê.
BELLO (Sem jeito):
- Mãe, todo mundo está ouvindo.
EVA:
- Tá. Filho, vou rezar muito por você. É
muito perigosos essas viagens.
BELLO:
- Eu sei me cuidar.
EVA:
- Você devia ir só amanhã.
BELLO:
- Eu não posso mais me atrasar, o
pessoal tá me esperando para começar
as aulas.
EVA:
- Esse ônibus está muito atrasado.
BELLO:
- Verdade. Eu não posso esperar mais.
EVA:
- O que vai fazer?
BELLO (Abrindo o carro):
- Mãe, se de ônibus seria perigoso agora
será mais ainda... Tchaw!
EVA:
- MENINO!
BELLO:
- Vou de carro próprio. Já te disse que
eles não podem mais esperar. Beijos!
(Eva tenta impedir, mas ele vai com seu
próprio carro.)

Cena 02 / Estrada qualquer / Carro de
Pedro / 16:15 Hrs.:
MARIENE:
- Poxa' não vamos chegar mais não, é.
PEDRO:
- Minhas mãos já estão doendo de tanto
dirigi. Parece que a estrada é infinita.
MARIENE:
- Temos que chegar antes das 18horas.
PEDRO:
- Por quê?
MARIENE:
- Porque eu não vou entrar em floresta
à noite.
PEDRO:
- Mari, nós vamos entrar na floresta na
hora que chegarmos. Não temos tempo
sobrando.
MARIENE:
- Não sei se tenho coragem.
PEDRO:
- Eu acredito no seu potencial.
MARIENE:
- Eu sou apenas uma aventureira.
PEDRO:
- Você é forte. Tenho certeza que escolhi
a pessoa certa.
MARIENE:
- Tomara que eu possa ajudar, porque
eu não quero te dar um desgosto.
PEDRO:
- Acho que você está um pouquinho
nervosa.
MARIENE:
- À medida que se aproximamos da
floresta, eu fico mais nervosa.
PEDRO:
- Vou acelerar!


Cena 03 / Casa de Saúde / Sala de
diversão / 16:45:
FERNANDA:
- Galera, é o seguinte.
RALF:
- O que foi, Feh?
FERNANDA:
- Eu quero falar uma coisa, mas preciso
de silêncio.
ALISSON:
- Pode falar.
FERNANDA:
- O diretor não está aqui.
AMÉLIA:
- Nem pense em fazer bobagens, porque
a Prof Mari Lúcia está aqui.
FERNANDA (Gritando):
- Atrevida, ninguém pediu sua opinião.
GIBA KAKÁ:
- Ah, feh, não precisa ser tão bruta com
a Amélia.
FERNANDA:
- Eu tento ser legal, mas essa velha
ridícula não colabora.
AMÉLIA:
- Uma dia você também será velha.
FERNANDA:
- Deusssss me livreee... Eu jamais serei
velha.
BEATRIZ (Sorrindo):
- Essa foi boa, Feh. Mas um dia você
ficará velha, porém vai demorar.
RALF:
- Agora conta o que você ia falar.
FERNANDA:
- Vamos fazer algo especial hoje à noite.
RALF:
- Tipo?
FERNANDA:
- Ah, seila... Agente fica o tempo todo
trancada nesse azilo. Vamos aproveitar!
RALF:
- Hummmm!! Entendi.
ALISSON:
- Tô dentro!
FERNANDA:
- Vamos planejar!


Cena 04 / Estrada Bom Bosco / 17:00
hrs.:
DAMASCO:
- Olha lá fora vem vindo um carro.
SHÉ:
- Deve ser o Pedro.
(O carro para no meio da estrada. Pedro
do carro com uma arma, mirando,
olhando para os lados...)
SHÉ (Gritando):
- Ei! EI! Ei! Aqui... Pode vir.
(Pedro abaixa a arma e se aproxima)
PEDRO:
- Nossa! Desculpa aê.
DAMASCO:
- Você está muito assustado, cara.
SHÉ:
- Acalme-se Pedro. Precisamos ser
controlados para enfrentar o que vamos
fazer daqui a alguns minutos.
PEDRO (Predendo a respiração):
- Que lugar estranho, dá pra sentir a
essência do medo no ar.
SHÉ:
- Veio sozinho?
PEDRO:
- Não. A minha amiga ficou no carro,
para ter mais segurança.
SHÉ:
- Vamos buscá-la.
DAMASCO:
- Você trouxe água?
PEDRO:
- Sim, vamos lá pegar.
( Mariene sai do carro.)
MARIENE:
- Olá rapazes!
SHÉ:
- Oi! Você é corajosa, hein!?
MARIENE:
- Você nem imagina o medo que estou
sentindo.
SHÉ:
- Bem, vamos se preparar, porque a
noite já vai chegar e temos entrar na
floresta.


Cena 05 / Floresta / Cabana / 17:15 Hrs.:
APORÃ:
- Pronto! Temos peixe com farinha de
mandioca, frutas e mel.
ALICE:
- Lukinhas, vamos comer um
pouquinho?
LUCAS (Cansado):
- Vamos.
APORÃ:
- Comam bastante porque a noite será
longa. Meus espíritos da guarda estão
dizendo que algo de ruim está por vir.
ALICE (Arrepiada):
- Ai! Você está me assustando.
LUCAS:
- Tenha fé, Alice.
APORÃ:
- O rapaizinho está certo.
ALICE:
- Se aquela cobra nos atacar, como
vamos se defender?
APORÃ:
- Rezar, correr e tentar atacar.
ALICE:
- Atacar com quê?
APORÃ:
- Com bombas caseiras.
ALICE:
- Bombas? Onde vamos encontrar?
APORÃ:
- Eu sei fazer. Estudei química durante
alguns anos, ai aprendir uma composição
química que resulta um grande estouro.
ALICE:
- Mas não é perigoso?
APORÃ:
- Não, a bomba só dá um susto na cobra.
ALICE:
- Ah, entendi, é só o barulho.
APORÃ:
- Lucas, você já é capaz de correr?
LUCAS:
- Não.
Se ela atacar, vocês correm enquanto ela
me devora.


CONTINUA...


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