Old school Swatch Watches
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MARIENE:
- Eu não vou ver nada!
SHÉ:
- Tá com medo de ir olhar e ver que ele
está morto, né?
MARIENE:
- Não! Faça o favor de parar com isso.
DAMASCO:
- Gente, já está muito escuro. Vamos
logo ver se ele está bem.
(Damasco vai até a cabana e coloca a
mão no coração de Pedro.)
DAMASCO:
- Ele está vivo!
MARIENE:
- Valeu Shé !
SHÉ:
- Foi sem querer.
MARIENE:
- Evite falar comigo.
DAMASCO:
- Mari, pense bem, você não pode ficar
intrigada com ele. Somos apenas quatro
pessoas em uma floresta infinita, com
uma área incalculável.
MARIENE:
- Mas isso não é coisa para brincar.
SHÉ:
- Eu não falei em sentido de bricadeira.
DAMASCO:
- CHEGA!! Vocês estão de brincadeira,
né? Nós estamos em uma FLORESTA! Em
uma FLORESTA! Não estamos em uma
rua ou beco qualquer.
MARIENE:
- É verdade.
SHÉ:
- Mariene, sinceramente, você não
parece ser uma profissional.
MARIENE:
- Rídiculo! Vou para a cabana, Damasco.
DAMASCO:
- Vai, vai. Tente relaxar.
SHÉ:
- Mulherzinha chata.

/////// Cabana de Aporã ///:
APORÃ:
- Chegou a tão esperada noite.
ALICE:
- Aporã, estou muito nervosa.
APORÃ:
- Beba um pouco de chá. Ei, acho que já
tá na hora de colocar o Lucas dentro da
cabana.
LUCAS (Deitado no chão):
- Não, porfavor, não.
ALICE:
- Você não pode ficar aqui fora. Lá
dentro é mais seguro.
LUCAS:
- Mais seguro? Se aquela cobra chegasse
aqui ela derrubaria aquela cabana em
segundos.
ALINE:
- Por que não quer entrar?
LUCAS:
- Porque estou sem sono e aqui fora pelo
menos tem esse ventinho fresco para
refrescar essas feridas nojentas.
APORÃ:
- Lá dentro a cobra não vai nos ver e
aqui fora estamos visíveis.
LUCAS:
- Só mais um pouquinho, por favor.
ALICE:
- Tá.
////// Centro da Floresta ////:
A sucuri acorda do seu sono profundo e
sai andando pela floresta, comendo todas
as criaturas noturnas que passam em
sua frente. Era uma cobra enorme, sua
escama e seus olhos brilhavam na
escuridão, sua língua piscava para fora
despertando um desejo de comer.

A maldita cobra começa a comer os
bichinhos da floresta. Eles gritavam
muito. Os gritos e berros dos animais
eram tão altos que escutava por toda a
floresta. Ela comia muito, mas aqueles
animais eram apenas lanches, pois ela
queria algo maior....
///// Entrada da floresta ////:
(Shé e Damasco comendo estão ao redor
da fogueira.)
SHÉ (Desconfiado):
- Você ouviu isso?
DAMASCO:
- Não!
SHÉ:
- Um barulho estranho, parecia ser de
algum animal desesperado.
(Mariene sai da cabana.)
MARIENE:
- O Pedro reagiu.
DAMASCO:
- Nossa! Ainda bem!
Mari, você ouviu algum barulho a mais?
MARIENE:
- Não, somente dos pássaros noturnos.
Por quê?
SHÉ:
- Porque eu escutei. Confesso que estou
com medo.
DAMASCO:
- Eu sinto que tem alguma coisa aqui
fora do normal.
MARIENE:
- É melhor nós irmos dormir.
SHÉ:
- Mariene, não estamos em uma noite de
tempestade na cidade que só basta
fechar a porta e ir dormir, estamos em
uma floresta perigiosa. Vou preparar a
minha pistola.
(Shé entra na cabana.)

DAMASCO:
- Ele disse tudo...
MARIENE:
- Desde a hora em que cheguei aqui
nunca fiquei calma um segundo.
DAMASCO:
- Mari, faça o possível para tentar se
acalmar, porque se precisar correr...
Imagina você nervosa...
MARIENE:
- Não, não fale isso por favor. Amanhã
cedinho vamos embora daqui.
DAMASCO:
- Só vamos embora depois de
alcarçarmos a vitória. Eu acredito em
Deus; não desisto assim tão fácil.
PEDRO (Saindo da cabana):
- Oie! Estou bem melhor.
MARIENE:
- Graça a Deus.
SHÉ (Com a pistola na mão):
- Pronto! A minha amiguinha já está
preparada.
PEDRO (sonolento):
- O que foi, gente?
(Damasco começa a falar, mas um outro
barulho interrompe sua fala)
SHÉ (Mirando a arma para os lados):
- APAREÇA! APAREÇA!
DAMASCO:
- De novo! Pedro, alguma coisa está
acontecendo.
PEDRO:
- O que vamos fazer?
MARIENE (Tremendo):
- Ohhh meu Deus!!!
DASMASCO (Gritando):
- Calma Mariene! Calma! Eu já disse pra
ter calma.
MARIENE:
- O que vamos fazer?
SHÉ:
- Esperar o pior acontecer..

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